Casa do Monet – França

Quem nunca teve vontade de entrar em um quadro? Em Giverny, na França isso é possível. A apenas 70km de Paris fica o pequeno e charmoso vilarejo de Giverny, aonde um dos maiores impressionistas da história morou, Claude Oscar Monet.

Quando pequeno Monet era famoso pelas caricaturas que fazia e logo desenvolveu o gosto pela pintura. Ele se mudou para essa casa em 1883 e permaneceu pintando e cuidando desse jardim até sua morte, em 1936.

Os jardins são extremamente bem conservados e o pintor se baseou no lago e na pequena ponte japonesa de sua própria casa para compor uma de suas maiores obras,“Nenúfares”. Ele sempre foi apaixonado pelos jogos de luzes e reflexos sobre as águas. E é incrível que até hoje possamos compartilhar dessa beleza com ele.

A casa por dentro também é maravilhosa, o ateliê é preservado com sua atmosfera medieval e com obras do mestre impressionista. Uma pena que não se pode tirar fotos lá dentro.

Um passeio inesquecível para quem ama a arte, a natureza e a vida!

Vernon

Informações Práticas

A casa e os jardins são abertos diariamente entre o início de abril e o final de outubro.

Para chegar lá você tem que primeiro pegar um trem até Vernon e depois um ônibus até Giverny. Se você tiver disposição dá pra fazer o trajeto a pé ou de bike (vale muito mais a pena).

Pont des Arts – Paris

Com certeza a ponte mais charmosa do mundo… por enquanto

De frente para a Pont Neuf, com uma belíssima vista pro Rio Sena e pertinho do Louvre, está localizada a Pont des Arts. Conhecida pelos milhões de cadeados presos em suas grades pelos casais apaixonados que os prendem e depois jogam a chave no rio para ficarem pra sempre juntos, praticamente um ritual.

Cadeados de todos os tipos são vistos, com as iniciais do casal, alguns coloridos, outros de senha (para reutilizar talvez? rs). Criatividade é o que não falta, mas aqui na ponte os romances talvez não durem muito. Em junho de 2014 por conta do peso dos cadeados a ponte cedeu e teve que ser evacuada.

   

Alguns ativistas defendem a proibição dos cadeados, mas até agora as providências tomadas foram apenas as trocas de algumas grades por novas e vazias, equilibrando o peso. Porém essas grades já estão sendo preenchidas por novos cadeados de turistas do mundo todo e quando cheias serão trocadas de novo e aí vai.

Então se você prendeu um cadeado há 2 anos ele provavelmente não está mais lá, mas intercalando a beleza que os cadeados trazem com a segurança necessária a ponte sobrevive sempre linda e com muito amor!

Óbidos – Portugal

Uma vila portuguesa, cercada pelas muralhas de um castelo. Muitas flores, detalhes arquitetônicos lusitanos e os famosos azulejos, tornam-o um dos lugares mais bonitos de Portugal, que vem sendo preservado há anos.

Óbidos foi tomada por D. Afonso Henriques dos árabes em 1148. Em 1282, com a oferta da vila como presente de casamento de D. Dinis a sua esposa D. Isabel, a Vila ficou conhecida como a Casa das Rainhas, sendo parte integrante do dote de todas as rainhas portuguesas até 1834, e por aqui passaram a maioria delas, deixando grandes benefícios.

Um terremoto em 1755 derrubou partes da muralha e danificou muitos templos e edifícios, sendo restaurados no período de 1910 a 1950.

Atualmente o local é cheio de turistas e artesanato nas ruas, além do castelo, que é atração principal e fica lá no topo. Vale a pena caminhar até lá para ter uma vista completa da vila.

E pra quem gosta de experimentar a tradição gastronômica local, tem o famoso licor de ginja, que é uma fruta típica daqui que parece uma cereja, a bebida é bem doce e normalmente servida num copinho de chocolate, uma delícia, vale a pena experimentar.

Informações práticas

Para chegar até Óbidos você pode partir de Lisboa de carro, são 80 km de distância e tem um grande estacionamento na parte debaixo da vila.

Ou você pode ir de ônibus onde a média de preço é de €8,00. Consulte o seguinte endereço para detalhes e horários:http://www.rodotejo.pt/pesquisa_servicos.php

Pastel de Belém – Portugal

A casa dos tradicionais pasteizinhos de belém fica em Belém (ah vá) e claro que você pode encontrar os pastéis em qualquer padaria de Portugal, mas serão chamados de pastéis de nata. Os originais foram criados no século XIX próximo ao Mosteiro dos Jerônimos e em meio a revoluções, a receita sobreviveu graças a iniciativa de vendê-los para uma pastelaria da região.

A maioria dos doces portugueses eram criados a base da gema do ovo já que a clara era usada pelas freiras para engomar roupas. Mas o restante dos ingredientes e o modo de preparo dessa maravilha são desconhecidos. Hoje em dia tudo é mantido a sete chaves e os mestres pasteleiros tem que assinar um termo de responsabilidade e ainda fazem um juramento para nunca divulgar a receita (isso sim que é precaução).

Torre de Belém

Devido a Torre de Belém, ao Mosteiro e é claro aos pasteizinhos a região é sempre bem movimentada por turistas. A última vez que fui estava uma fila enorme e acabei pegando para viagem, mas se tiver mais tempo vale a pena ficar lá dentro, o lugar é lindo! Polvilhados com açúcar e canela não da pra resistir.

Mosteiro dos Jerônimos

Informações práticas

Endereço da Casa dos Pastéis de Belém

Rua de Belém nº 84 a 92

1300 – 085 / Lisboa – Portugal

Aberto todos os dias das 08h as 23h

Paris de Amélie Poulain‏

Que Paris é deslumbrante todo mundo sabe, mas nem todos conhecem o charmoso bairro de Montmartre retratado no filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain. Localizado numa colina o lugar é cheio de pequenos cafés, cabarés e artistas. Todo esse charme é mostrado na obra dirigida por Jean-Pierre Jeunet e protagonizada por Audrey Tautou. Na trama Amélie é uma garçonete parisiense que com pequenas atitudes muda a vida de pessoas próximas a ela. Lindo e inspirador, resolvi mostrar alguns lugares onde essa história é contada.

– Les Deux Moulins de Paris

 

Esse é o café onde Amélie trabalha,  aqui você pode experimentar o famoso crème brulée. É tão bom que da vontade de jogar na cara. Dentro do café você também encontra uma série de objetos do filme. Ele é localizadona Rue Lepic, 15. A estação de metrô mais perto é a Blanche (Linha 2).

–  Au Marche de la Butte

Mercadinho onde Amélie faz suas compras. Fofo e delicado, dentro você encontra pôsteres que mostram o quanto o filme ajudou a desenvolver a região de Montmartre. O lugar fica na Rue Des Trois Frères, 56,  bem na esquina com a rua Androuet.

– Sacré Coeur

 

No ponto mais alto da colina, construída com mármore, situa-se a famosa Basílica de Sacré Coeur. É lá que Amélie deixa as pistas para ajudar Nino Quincampoix a resgatar seus pertences. Por ser o ponto mais alto da cidade a vista é incrível. A basílica fica na Rue du Chevalier de la Barre, 35. Apesar de ser uma subida boa o ideal é fazer esse caminho andando pra sentir mesmo Montmartre.

Além do filme, a região foi muito frequentada por artistas, intelectuais e pintores como Degas, Cézzane, Monet, Van Gogh, Renoir e Toulouse-Lautrec que contribuíram para criar esse clima libertário e boêmio. Vale a pena se aventurar por essas ruas e conhecer Paris de um modo diferente.

Trailer do Filme

https://www.youtube.com/watch?v=0LPxU7659D4

5 curiosidades sobre a Bélgica

Arcades du Cinquantenaire

Capital da união europeia, território de paz após a segunda guerra mundial. Nesse pequeno país são faladas oficialmente 3 línguas (francês, neerlandês e alemão). Apesar de sua história começar muito antes, a Bélgica só se tornou independente em 1830. Fui conhecer a sua capital, Bruxelas, cidade multicultural, cosmopolita e cheia de curiosidades, selecionei 5 interessantes pra dividir com vocês.

– Manneken Pis
Essa estátua de bronze de apenas 61 centímetros é a maior marca de Bruxelas e é considerada a terceira estátua mais famosa do mundo. Antigamente essa estátua fazia parte da fonte que trazia água potável para a cidade. Existem várias lendas do porque ela foi construída, uma delas é que no século 14 Bruxelas foi invadida e seus inimigos estavam colocando explosivos pela cidade, numa tentativa de destruir a capital. Um garoto pequeno estava espionando de longe e quando viu uma faísca fez xixi em cima dela, parando os explosivos e salvando assim a cidade e toda a sua população.
A estátua já sofreu 7 tentativas de roubo, por isso hoje ela é bem protegida com câmeras e grades. Em ocasiões especiais são colocadas roupas no bonequinho. O guarda roupa de Manneken Pis já tem mais de 700 peças diferentes.

 – Grand Place
De acordo com o escritor e poeta Victor Hugo (aquele que escreveu o “Corcunda de Notre Dame”, “Os Miseráveis”,…) essa praça é a mais bela do mundo. Mas ela não foi construída com todo esse poder e ouro a toa. Quando Bruxelas estava no auge da sua prosperidade em 1695 as tropas francesas de Luis XIV, por conta de conflitos com a Bélgica, bombardearam o coração da capital, destruindo a praça em 3 dias e ferindo o ego dos belgas.  Porém o magistrado da cidade de Bruxelas resolveu dar a volta por cima e promoveu uma campanha de reconstrução, que foi espetacular, não só pela sua rapidez, mas pela riqueza nos detalhes e grandiosidade. Hoje a Grand Place é o ponto mais visitado pelos turistas e mostra de forma clara o poder e orgulho da burguesia belga, que optou  restaurar a cidade à sua antiga glória em vez de reconstruir em estilo contemporâneo.

Flower display at Brussels Grand Place – foto by solarworlds

– Cerveja
A Bélgica é um dos maiores produtores de cerveja no mundo, na Grand Place você encontra o museu da cerveja que explica como funciona o processo de produção e ainda é possível degustar diversos sabores pela cidade. O lugar com mais variedades é o Delirium Café. São mais de 200 opções, o menu do lugar parece mais uma bíblia, tem de tudo quanto é tipo, eu achei a de cookie e a de chocolate as mais curiosas (o que não significa mais saborosas). A cerveja tem um papel histórico na Bélgica muito antes do país se tornar independente. Em 1100, durante as cruzadas, sob permissão da igreja católica a cerveja, que na época tinha uma porcentagem pequena de álcool, era produzida e vendida pelos conventos como uma forma de arrecadar fundos. Por conta de contaminações que aconteciam nos rios era considerado mais seguro beber cerveja do que água, tudo pela saúde.

Cerveja de Chocolate – Delirium Café

– Chocolate e Waffles
O país é um verdadeiro paraíso para os amantes da culinária. Dizem que a cozinha belga é tão boa quanto a francesa, e tão generosa quanto a alemã. A especialidade é o chocolate. São mais de 300 produtores espalhados pelo país e em média um belga consome 11kg de chocolate por ano. Tudo começou no século 16 quando os exploradores espanhóis trouxeram grãos de cacau do México. Na época os grãos eram usados no comércio para a troca de mercadorias. Quando o rei Leopold II ocupou o Congo e fez do lugar uma colônia belga, toneladas de cacau começaram a ser trazidas para o país e com a mistura de manteiga e leite se desenvolveram as indústrias de chocolate. Hoje a Bélgica produz 170.000 toneladas de chocolate por ano. Com tantas lojas espalhadas por Bruxelas, é difícil ver um turista que vá embora sem pelo menos uma caixinha. Os waffles também são muito famosos, os belgas consomem eles mais simples, apenas com açúcar e as vezes um pouco de canela, porém para a turistada eles fazem com chocolate, frutas, sorvete, chantilly e tudo mais (vale a pena ser turista).

Gordinha sempre come dois

– Tintin e desenhos em quadrinhos

Em maio de 1907 nasce na Bélgica o artista Remi que ficou conhecido pelo nome Hergé, o criador de Tintin, que conta as aventuras de um jovem repórter pelo mundo. Considerado o pai dos desenhos em quadrinhos na Europa, suas obras já foram traduzidas em 60 idiomas e foram vendidas mais de 200 milhões de cópias pelo mundo. Bruxelas teve um papel muito importante na criação dessa obra, aparecendo como cenário e inspiração nas histórias. Andando pela cidade da pra ver muitos grafites de personagens, há ainda muitas lojas de revistas e o Cartoon Museum. Muito bom para relembrar os tempos de infância.

Seja para beber, comer, passear ou conhecer mais sobre arte, esse país charmoso, imponente e glamouroso é destino obrigatório para quem deseja conhecer a Europa.

au revoir…

Ópera Garnier

Construída a pedido de Napoleão III (que não gostava de economizar), o arquiteto Charles Garnier venceu um concurso para desenhar a nova ópera de Paris e tornou realidade a esse lugar que é um verdadeiro show. Um dos marcos arquitetônicos de Paris pela riqueza em detalhes renascentistas e história. Durante o dia você pode conhecer toda a parte interna com um vasto arquivo que é praticamente um museu e a noite se encantar assistindo a alguma ópera ou espetáculo (que podem ser encontrados a preços acessíveis).

O espaço é enorme! pra se ter uma idéia sua capacidade é de 1979 espectadores sentados.

Antigamente o palácio era chamado de Ópera de Paris, mas, após a inauguração da Ópera da Bastilha em 1989, passou a ser chamado Ópera Garnier (em homenagem ao Charles, o arquiteto). Mas popularmente as pessoas chamam apenas de Opéra.

O lugar também é o cenário original da famosa história “O Fantasma da Ópera”. Os acontecimentos que inspiraram esse romance realmente aconteceram aqui. O primeiro foi a queda do candelabro do teatro que, tragicamente, tirou a vida de um homem, além disso havia o rumor de que existia um rio subterrâneo no teatro, já que o terreno era extremamente pantanoso. Essas suspeitas geraram muitos boatos entre as pessoas na época, que diziam ouvir barulhos estranhos pelo prédio. Estes fatos e rumores fizeram com que Gaston Leuroux escrevesse essa história, que transformou-se num dos mais importantes musicais da história.

O camarote do Fantasma ainda está preservado, vale a pena visitá-lo e deixar sua imaginação ir além…

Informações práticas:

Endereço: Place de l´Opera,  75009

Metrô: Opera – linhas 3,7 e 8

Aberto todos os dias das 10h as 16h30

Preço: 10 euros

Site: http://visitepalaisgarnier.fr/en

“The Phantom of the Opera is there Inside your mind…”

Origens de família – Alvarelhos

Coincidentemente meu pai e minha mãe vieram de cidadezinhas bem pequenas. Minha mãe do interior de São Paulo, Pederneiras (do centro de SP dá umas 678390 horas de carro, tranquilo). Meu pai do interior de Portugal, um lugar que não chega a ser uma cidade e sim uma aldeia medieval, cheia de pedras e história, bem diferente da minha realidade no ABC Paulista. Apresento a vocês: Alvarelhos!

Localizada no norte de Portugal, Alvarelhos fica a 50 minutos de Coimbra e a 1 hora e 40 de Ciudad Rodrigo, na Espanha. A aldeia em si é bem pequena e marcada pelo tempo, em meia hora você consegue andar por tudo, as ruas são bem estreitas, já que na época em que foram construídas ainda não existiam carros. Minha vó ainda mora aqui, cuida da horta e conversa sempre com os vizinhos, na aldeia todo mundo conhece todo mundo. De manhã o padeiro vem de porta em porta e tomar um café com pãozinho português fresquinho ouvindo as histórias da minha vó é com certeza um dos meus programas preferidos.

A maioria das casas não tem aquecedor e as pessoas usam lenhas para acender a lareira no inverno. A paisagem consiste em muito verde, construções antigas e poucos animais. As pessoas que moram aqui no geral são bem amigáveis e simpáticas.

Aqui há também muitas casas abandonadas, já que seguindo a tendência mundial as pessoas estão cada vez mais querendo morar perto dos grandes centros comerciais. Mas há aqueles que preferem a vida serena e pacata do campo. Andar por aqui é se sentir em outro tempo. Gosto de imaginar como era a vida da minha família aqui muitos anos atrás e fico feliz em saber que esse lugar ainda existe com todos os seus pequenos detalhes que o fazem único.