Um dia em Bristol sem gastar muito

Bristol é uma das três cidades mais importantes da Inglaterra. Localizada no sudoeste do país é conhecida por seus portos históricos e abriga uma das pontes mais famosas do mundo: a Clifton Bridge (um dos cartões postais do lugar).clifton-suspension-bridge

Eu e minhas amigas/housemates/irmãs estávamos bem sem grana na época (ainda estamos) e resolvemos curtir um dia inteiro em Bristol sem gastar quase nada, e sim, é possível!!! Seguem algumas dicas pra se aventurar nesse lugar maravilhoso com uma mochila nas costas.

Como chegar até lá

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As opções mais em conta partindo de Londres são as de ônibus pela Megabus ou National Express. A viagem tem a duração média de 2 horas e meia e da pra pagar até 15 libras de ida e volta tranquilo. Há quem prefira ir de trem, que é mais rápido e mais confortável, porém mais caro, uma média de 35 libras ida e volta.

Caminhar, caminhar, caminhar …

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Chegando em Bristol tracei a rota no Google Maps do centro até a ponte e pareceu que era perto (mas não é!!!) tínhamos o dia inteiro, então pensamos: vamos caminhando aí a gente aproveita e vai vendo a cidade. A princípio demos muita sorte, era um domingo de sol e estava rolando uma feira de rua com comidas típicas de todos os países, atrações e um campeonato de barcos.

Arte de rua

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Banksy, o artista anônimo mais conhecido no mundo todo, começou seu trabalho aqui. Ele, que além de grafiteiro é ativista político, expõe em suas obras muito conteúdo social e da cor as ruas de Bristol. Caminhando pela cidade é possível observar nos muros suas críticas sociais e políticas em formas de desenho, que de tão ousadas e reflexivas mudaram a visão que se tem do graffiti atualmente.

Museu: M Shed

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O museu não tem nada de “boring” é extremamente interativo e tem uma vista incrível do último andar. Historicamente o lugar era a principal região onde chegavam as embarcações com mercadorias do exterior, como o tabaco, algodão, vinho e também, infelizmente, escravos. Devido a corrupção que havia na época, os portos da cidade eram constantemente tomados por piratas, que saqueavam os navios que se aproximavam, um deles se tornou famoso como o terror do Caribe, o Blackbeard.

vista do topo do museu

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Todas as informações a gente viu lá. O museu é gratuito e funciona de terça a domingo das 10h as 17h.

Paisagem e Cultura

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Continuamos seguindo caminho rumo a ponte andando na beira do rio, apreciando a vista e as vezes parando para ver um show de rua, Bristol tem uma forte cultura na dança, música, poesia e teatro e todo ano proporciona diversos festivais abertos e gratuitos. As pessoas engajadas nessa festa eram muito amigáveis, tinham até senhorzinhos compartilhando seus conhecimentos de ex marinheiros, uns amores.

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Clifton Bridge

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Mas aí começou a bater o cansaço, o sol estava intenso e decidimos pedir informação, descobrimos que o ideal seria pegar um ônibus porque teríamos que subir a pé e seria BEM cansativo, mas insistimos, tentamos pedir carona, andamos, suamos, escalamos e finalmente chegamos lá. A Clifton Bridge é realmente incrível, tem 412 metros de comprimento e fica a 75 metros de altura acima do rio Avon, por mais que ela pareça firme, ela só consegue sustentar uma quantidade limitada de peso, por isso em alguns eventos ela fica fechada. A ponte foi idealizada pelo renomado engenheiro Brunel, mas por problemas financeiros só foi inaugurada depois da sua morte em 1864.

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Bristol é uma cidade cheia de vida, energia e diversidade cultural. Dizem que a vida noturna também é muuito boa! Infelizmente por questão de tempo não conseguimos ficar, mas ainda voltaremos para tomar uns “pints” e curtir essa atmosfera.

Vídeo da nossa subida rumo à ponte

Liverpool – Inglaterra

Localizada no norte da Inglaterra a uma hora de Manchester, Liverpool começou como uma pequena vila de pescadores em 1200. Foi muito disputada ao longo da história por sua localização privilegiada e em 1715,  a primeira doca do império britânico foi criada aqui em Liverpool.

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O comércio se desenvolveu com a isenção de impostos para comerciantes e com a exportação de escravos, que era um negócio muito lucrativo a cidade prosperou. Só pra se ter uma ideia, 40% do comércio mundial de escravos da época era passado por Liverpool. Pra ter mais informações sobre a escravidão histórica e contemporânea (infelizmente ela ainda existe) é possível conhecer o International Slavery Museum, localizado na Albert Dock, local lindo, muito visitado e marcado pela história.

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O International Slavery Museum fica aberto todos os dias das 10h as 17h e a entrada é gratuita!

Outro museu interessante é o World Museum, um dos primeiros lugares que fui, porque fica bem próximo a estação de trem e ônibus. Lá é realmente uma mistura do mundo inteiro. Artefatos históricos, ossos de dinossauros, múmias e cobras vivas num mesmo lugar. Mas ele passou por algumas mudanças. Durante a Blitz “guerra relâmpago” em 1940, Liverpool sofreu com muitos bombardeios vindo dos alemães, diante disso  o museu foi muito afetado e tiveram que realocar algumas obras para outros museus mais afastados, porém quinze anos depois o World Museum voltou a se reerguer e hoje apresenta uma vasta coleção.

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O World Museum fica aberto todos os dias das 10h as 17h e a entrada é gratuita!

Mas o meu motivo principal no interesse em conhecer Liverpool foi para mergulhar um pouco na história dos Beatles.

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O museu deles, The Beatles Story, conta de uma maneira interativa toda a trajetória do quarteto, da infância humilde em Liverpool até o estrondoso estrelato mundial. Você caminha passo a passo pela história acompanhando com áudio-guide todos os detalhes dessa jornada.

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The Beatles Story fica abeto todos os dias das 10h as 18h e o ingresso para adulto é 14,95 libras!

Também é possível ver as réplicas dos lugares que marcaram a carreira deles como o Casbah (bar da mãe do Pete Best, o primeiro baterista da banda),a Matthew Street (rua cheia de bares aonde está o Cavern Pub) e o próprio Cavern Pub. Tudo muito bem reproduzido.

Matthew Street

Matthew Street – Reproduzida

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O Cavern Club ainda funciona e fica bem no centro da cidade, os Beatles tocaram lá uma média de 300 vezes e lá você pode escutar música ao vivo todos os dias da semana, normalmente são covers dos Beatles que se apresentam, nem sempre dos melhores, mas a atmosfera do lugar e pensar que eles se apresentaram tantas vezes nesse lugar é incrível.

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O museu é fantástico e cronologicamente te coloca dentro dessa história dos Reis do Ié Ié Ié, cheia de sonhos, realizações, sucesso mundial estrondoso e onde tudo começou foi aqui em Liverpool.

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Um dos portos mais importantes da Inglaterra, terra dos Beatles, Capital europeia da cultura em 2008 e descrita pelo Patrimônio Inglês como a cidade mais bela do país. Motivos não faltam para conhecer Liverpool.

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Cambridge – Inglaterra

Provavelmente a primeira palavra que vem na sua cabeça relacionada com Cambridge é: universidade. Não é à toa, já que a cidade surgiu como um plano B para quem não queria ou não podia ir para Oxford. Mas ela se desenvolveu tanto que se tornou tão boa quanto a sua rival e até hoje ainda existe uma disputa, saudável (ou nem sempre), entre as duas.

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No coração de Cambridge está localizado o rio Cam, famoso pela prática do “punting“, que é basicamente um passeio de gôndola (tipo Veneza, só que não tãããão sofisticado). O punting era usado nos tempos medievais para os barcos circularem em águas mais rasas, atualmente é dedicado ao turismo. Para fazer esse passeio você pode optar pelo tour guiado, onde um rapaz (normalmente estudante de lá) vai conduzir o barco e passar pelos pontos turísticos dando informações sobre o lugar, ou você pode ser mais aventureiro e apenas alugar o barco por hora e conduzir por sua conta em risco. Foi o que eu fiz, não é tão fácil, todo mundo fica olhando e as vezes rindo da sua cara e tem o risco de você cair do barco, mas vale a pena pela diversão.
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Depois do punting fui conhecer o centro da cidade, lá eles disponibilizam panfletos com mapas o que é muito útil, mas no geral tudo é bem perto e os maiores atrativos além do punting são as universidades. São 31 faculdades no total e a mais famosa e mais fotografada é a Kings College Chapel, concebida pelo rei Henry VI. A capela começou a ser construída em 1446, mas só foi finalizada em 1537 durante o reinado do outro Henry, o Henry VIII. A parte chata é que eles cobram a entrada para cada universidade, então a dica é pesquisar, escolher a que você mais gostou e ver as outras por fora, o que já é incrível.
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Caminhando ao longo do rio passei pela Bridge of Sighs, que também é considerada um dos marcos da cidade. Uma curiosidade interessante dela, é que suas grades não são meramente decorativas, elas foram projetadas e construídas para impedir que os alunos fugissem da universidade durante a noite, pobre universitário, ta aí pra você que reclama da sua facul.
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Outra coisa que eu achei bem curiosa e meio bizarra, foi essa obra bem no centro da cidade, um gafanhoto mexendo a boca e andando em cima de um relógio, mas pesquisando mais afundo descobri que o relógio chama Corpus Christi, foi inaugurado em 2008, e a ideia é representar o gafanhoto “comendo” o tempo, pra mostrar como o tempo é relativo. Da pra passar horas parado na frente só olhando, é bem hipnótico e ao mesmo tempo meio perturbador.
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Outra maneira interessante de conhecer Cambridge é pedalando. Já que o principal transporte do lugar é a bicicleta, o que é muito conveniente e prático (mais do que andar a pé, porque aqui não tem muita calçada). Fora que existem diversos lugares onde você pode alugar uma, estacionar ou fazer um bike tour.
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No geral a energia do lugar é muito boa, uma mistura de antiguidades com turistas curiosos e universitários entusiasmados. Navegando, caminhando ou pedalando vale a pena passar o dia descobrindo pátios e jardins secretos nessas universidades que mais parecem com castelos.
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Casa do Monet – França

Quem nunca teve vontade de entrar em um quadro? Em Giverny, na França isso é possível. A apenas 70km de Paris fica o pequeno e charmoso vilarejo de Giverny, aonde um dos maiores impressionistas da história morou, Claude Oscar Monet.

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Quando pequeno Monet era famoso pelas caricaturas que fazia e logo desenvolveu o gosto pela pintura. Ele se mudou para essa casa em 1883 e permaneceu pintando e cuidando desse jardim até sua morte, em 1936.

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Os jardins são extremamente bem conservados e o pintor se baseou no lago e na pequena ponte japonesa de sua própria casa para compor uma de suas maiores obras,Nenúfares”. Ele sempre foi apaixonado pelos jogos de luzes e reflexos sobre as águas. E é incrível que até hoje possamos compartilhar dessa beleza com ele.

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A casa por dentro também é maravilhosa, o ateliê é preservado com sua atmosfera medieval e com obras do mestre impressionista. Uma pena que não se pode tirar fotos lá dentro.

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Um passeio inesquecível para quem ama a arte, a natureza e a vida!

Vernon

Vernon

Informações Práticas

A casa e os jardins são abertos diariamente entre o início de abril e o final de outubro.

Para chegar lá você tem que primeiro pegar um trem até Vernon e depois um ônibus até Giverny. Se você tiver disposição dá pra fazer o trajeto a pé ou de bike (vale muito mais a pena).

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Tower of London

Você provavelmente já ouviu a frase “Leve-o para a Torre!” ou “Send him to the Tower!“,  baseado nas estatísticas coisa boa não iria acontecer com essa pessoa. Essa expressão foi criada durante o Século 16 e 17, quando os que tinham caído em desgraça, eram enviados para a temida Tower of London.

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Localizada nas margens do Rio Tâmisa e ao lado da Tower Bridge, a Torre foi usada de várias formas ao longo de sua história, ela já foi palácio real, arsenal, prisão, câmara de execução, sala de tortura, zoológico, quartel e uma casa de proteção das jóias da realeza. Hoje este castelo real é patrimônio da UNESCO e guarda mais de 1.000 anos de história.

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Atualmente os guardas da rainha moram na torre. Toda noite as 22h eles são trancados lá dentro, de manhã as 9h acontece a cerimônia das chaves e as 10h a torre é aberta ao público. A função deles além de proteger a rainha é proteger as jóias reais que estão lá dentro e trabalhar como guia turístico contando histórias sangrentas e outras divertidas que se passaram nesse lugar.

Beefeater ou Bodyguard

Beefeater ou Bodyguard

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A torre é tão famosa que foi citada por Shakespeare como Torre Sangrenta, foi também aonde Ana Bolena foi guilhotinada e onde onze espiões alemães foram mortos. Na verdade não existe apenas uma torre, são 20 no total. A principal é a White Tower, que contém impressionantes coleções de armas e até mesmo uma capela românica do século 11.

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Outra bem famosa é a torre da Crown Jewels, onde é possível ver as jóias da realeza, inclusive a coroa que Elizabeth II usou quando foi coroada em 1953 (sim, ela já está com seus 88 anos). A coroa é toda trabalhada em diamantes e é tão pesada que a rainha tem uma versão “light” para usar em eventos. Infelizmente não é possível tirar fotos dessas preciosidades, mas achei na internet para vocês verem.

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Uma curiosidade interessante é que por 600 anos, a Torre foi mantida com uma mistura variada de animais selvagens e exóticos, presentes que o rei e a rainha foram ganhando dos seus visitantes e admiradores. Desde avestruzes até elefantes, leões e ursos polares. Naquele tempo as pessoas não sabiam direito como cuidar dos animais, existia um elefante que habitava a torre, ele era grande e estava com sede então tiveram a brilhante ideia de dar galões de vinho para o elefante consumir e obviamente ele morreu, feliz, mas morreu. Mas esse circo acabou em 1834, quando os animais da torre foram transferidos para o Zoológico de Londres.

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Em novembro de 2014 foi realizada uma homenagem aos soldados e vítimas da Primeira Guerra Mundial. Flores vermelhas de cerâmica (poppys) foram criadas pelo artista Paul Cummins e  pelo Designer Tom Piper e vendidas para arrecadar fundos para algumas instituições de caridade. Um gesto bacana que trouxe um visual incrível.

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Com certeza a Torre de Londres é um passeio obrigatório e fascinante para quem quer conhecer mais sobre a história de Londres.

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Pont des Arts – Paris

Com certeza a ponte mais charmosa do mundo… por enquanto

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De frente para a Pont Neuf, com uma belíssima vista pro Rio Sena e pertinho do Louvre, está localizada a Pont des Arts. Conhecida pelos milhões de cadeados presos em suas grades pelos casais apaixonados que os prendem e depois jogam a chave no rio para ficarem pra sempre juntos, praticamente um ritual.

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Cadeados de todos os tipos são vistos, com as iniciais do casal, alguns coloridos, outros de senha (para reutilizar talvez? rs). Criatividade é o que não falta, mas aqui na ponte os romances talvez não durem muito. Em junho de 2014 por conta do peso dos cadeados a ponte cedeu e teve que ser evacuada.

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Alguns ativistas defendem a proibição dos cadeados, mas até agora as providências tomadas foram apenas as trocas de algumas grades por novas e vazias, equilibrando o peso. Porém essas grades já estão sendo preenchidas por novos cadeados de turistas do mundo todo e quando cheias serão trocadas de novo e aí vai.

Então se você prendeu um cadeado há 2 anos ele provavelmente não está mais lá, mas intercalando a beleza que os cadeados trazem com a segurança necessária a ponte sobrevive sempre linda e com muito amor!

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7 Lugares para conhecer em Greenwich – Londres

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Você provavelmente já ouviu falar sobre o meridiano de Greenwich na escola, certo? Caso você tenha perdido esta aula, o meridiano é aquela linha imaginária que divide a terra verticalmente ao meio. Ele é considerado um marco zero, porque, a partir deste ponto que é definido o fuso horário de cada região de acordo com sua localização no mapa.

A região de Greenwich é incrível, fica pertinho do centro de Londres e tem fácil acesso pelo metrô pegando a linha DLR. Pensando em aproveitar o máximo selecionei 7 lugares que valem muito a pena conhecer por aqui.

– Observatório Real de Londres

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O meridiano leva esse nome justamente porque atravessa o Observatório Real de Londres no distrito de Greenwich, situado na região sudeste da capital britânica. O observatório é a maior atração do lugar. Aqui é onde da pra tirar aquela foto clichê com um pé de cada lado. Dentro dele também é possível conhecer o lugar onde os astrônomos e suas famílias moravam e trabalhavam. O preço médio da visita é de 10 libras.

– Greenwich Royal Park

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Para chegar ao observatório tem uma subida boa pelo Greenwich Royal Park, mas o esforço é bem gratificante, lá no topo você tem uma vista incrível da região e o mais interessante é o contraste de Canary Wharf, região moderna e industrializada de Londres, com todo o verde e histórico de Greenwich.

Museu Nacional Marítimo

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O maior rio de Londres, o “Thames”, passa por essa área o que a fez famosa como região naval. Lá está localizado o Museu Nacional Marítimo, ele é gratuito e você pode conhecer mais sobre a história das batalhas navais e ver alguns tesouros do império britânico.

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Ainda como parte do museu você pode ver a casa da rainha projetada em 1616 por Inigo Jones. Hoje nenhuma rainha mora lá, mas o lugar atua como galeria de arte.

– Cutty Sark

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Próximo ao rio você pode ver o barco mais famoso e rápido do seu tempo, o Cutty Sark, antiga embarcação que transportava o que os ingleses mais gostam (advinha?), chá, foi a única sobrevivente e é aberta a visitação. O ingresso custa 12 libras.

– Old Royal Naval College

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Mais um lugar considerado como “landscape” é o Old Royal Naval College. Este foi o palácio favorito de Henrique VIII e local do nascimento de Elizabeth I e Mary I. Após a Guerra Civil Inglesa, o palácio foi completamente danificado e posteriormente demolido em 1694.

O atual edifício foi construído entre 1696 e 1712, para ser o Hospital de Greenwich para os marinheiros aposentados. Um fato curioso é que os prédios são separados um do outro porque cobriam a vista da casa da rainha. Sendo assim ela ordenou que mesmo ao fundo sua casa tivesse vista para o rio. Depois que o hospital fechou em 1869, o prédio se tornou o Royal Naval College, um centro de treinamento para a Marinha Real. E finalmente desde 1998, o local tornou-se a sede da Universidade de Greenwich e da Trinity College of Music. 

Emirates Air Line

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Outro passeio interessante nessa região é o Emirates Air Line, uma espécie de bondinho que começa em North Greenwich e vai até o Royal Docks, o passeio leva menos de 10 minutos e tem uma vista incrível, da até pra ver o Estádio Arena O2 e ainda é super baratinho (uma média de 5 libras por pessoa).

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Greenwich ainda conta com mercados de rua, cheios de antiguidades e comidas típicas. No geral é uma área bem tranquila e com muito verde. Vale a pena ver de perto o contraste com a “cidade grande”.

Erick Araújo, Guel Kelly e Thaís Sória

Erick Araújo, Guel Kelly e Thaís Sória

Óbidos – Portugal

Uma vila portuguesa, cercada pelas muralhas de um castelo. Muitas flores, detalhes arquitetônicos lusitanos e os famosos azulejos, tornam-o um dos lugares mais bonitos de Portugal, que vem sendo preservado há anos.

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Óbidos foi tomada por D. Afonso Henriques dos árabes em 1148. Em 1282, com a oferta da vila como presente de casamento de D. Dinis a sua esposa D. Isabel, a Vila ficou conhecida como a Casa das Rainhas, sendo parte integrante do dote de todas as rainhas portuguesas até 1834, e por aqui passaram a maioria delas, deixando grandes benefícios.

Um terremoto em 1755 derrubou partes da muralha e danificou muitos templos e edifícios, sendo restaurados no período de 1910 a 1950.

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Atualmente o local é cheio de turistas e artesanato nas ruas, além do castelo, que é atração principal e fica lá no topo. Vale a pena caminhar até lá para ter uma vista completa da vila.

E pra quem gosta de experimentar a tradição gastronômica local, tem o famoso licor de ginja, que é uma fruta típica daqui que parece uma cereja, a bebida é bem doce e normalmente servida num copinho de chocolate, uma delícia, vale a pena experimentar.

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Informações práticas

Para chegar até Óbidos você pode partir de Lisboa de carro, são 80 km de distância e tem um grande estacionamento na parte debaixo da vila.

Ou você pode ir de ônibus onde a média de preço é de €8,00. Consulte o seguinte endereço para detalhes e horários:http://www.rodotejo.pt/pesquisa_servicos.php

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Oxford – Inglaterra

Quem nunca teve o sonho de estudar em Oxford? um lugar que visualmente ficou parado no tempo, que já foi cenário dos filmes de Harry Potter e também serviu de inspiração para muitos outros autores como Shakespeare, em Henrique VIII, Lewis Carroll, em Alice no País das Maravilhas e para os filmes do Senhor dos Anéis. Tudo é tão antigo e incrivelmente bem conservado que andar por Oxford é se sentir parte da história.

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A viagem de Londres até Oxford é bem rápida, um pouco mais de uma hora de trem.  Fui com os meus amigos e assim que chegamos fomos em direção ao Christchurch College.

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A faculdade é uma das visitadas de toda a cidade, o que não é de se espantar já que o lugar é simplesmente maravilhoso. No meio dos prédios encontra-se a Tom Quad, dedicada a Thomas de Canterbury, que foi arcebispo de Canterbury de 1162 a 1170. Ele conflitou com o rei Henrique II, da Inglaterra, sobre os direitos e privilégios da Igreja.

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Por conta das aulas e dos estudantes, existem algumas áreas que são restritas e tem guardas que controlam se você faz muito barulho (não muito amigáveis), mas no geral da pra ver quase tudo. Dentro da Christchurch College você também encontra o The Great Hall (salão de jantar), o local é enorme e inspirou na construção dos sets de Hogwarts, algumas cenas do filme foram gravadas lá e também nas escadas que levam ao Hall.

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 Na verdade a cidade inteira parece um cenário de filme, toda a arquitetura gótica, pronta pra ser gravada. A cidade em si é pequena e cheia de mapas, o que facilita a vida do turista. Uma pergunta que muitos fazem aqui é “aonde fica o campus da universidade?”, e a resposta é “não existe” a cidade inteira é um “campus”, são mais de 38 prédios e eles estão todos espalhados pela cidade e a maior parte é aberta para visitantes.

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Além de universidades Oxford tem muita área verde, diversos parques e o famoso rio Tâmisa também passa pela cidade.

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Uma curiosidade interessante do lugar é que a maioria dos primeiros ministros e políticos importantes da Inglaterra vieram daqui (e da rival Cambridge também). Para se ter uma ideia nos últimos 200 anos Oxford formou 16 primeiros-ministros.

Está aí a dica, se você pretende ir, é só acordar cedo e fazer um bate e volta, porque em um dia dá pra se aventurar e ver todas as maravilhas dessa cidade cosmopolita.

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Speakers’ Corner – Londres

“Uma feira de opiniões a céu aberto”.

O Speakers’ Corner acontece todo domingo, começa no período da manhã e vai até a hora que o sol for embora. O ‘corner‘ fica na região nordeste do Hyde Park, próximo a estação do metrô Marble Arch.

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A região ficou conhecida por ser próxima ao Tyburn, lugar onde entre 1196 e 1783 eram realizadas execuções públicas e os condenados davam as suas últimas palavras antes de serem enforcados. Com o tempo o lugar foi palco de protestos trabalhistas e aonde reformas democráticas reivindicaram o “direito de falar”. Em 1872 através do “Parks Regulation” esse direito foi dado ao povo, permitindo que nessa área do parque fossem feitas reuniões aonde cidadãos se expressassem abertamente.

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Qualquer um pode ir lá, subir no seu banquinho ou escada e falar (normalmente gritar) suas reivindicações para a multidão, que pode concordar ou discordar (normalmente discordar) formando assim o debate. Da pra saber qual debate está mais interessante baseado na quantidade de ouvintes. Confesso que vi algumas discussões tão fortes que achei que pudesse ocorrer algum quebra pau, mas não, tudo se resume a fala. Também vi cenas bem engraçadas, porque no geral tudo é bem teatral e performático para chamar atenção do público.

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Mas aqui os debates não são “Casos de Família” ou “Jerry Springer”, embora eles sejam bem variados, nesta vez que fui o assunto mais comentado eram os conflitos entre Israel e Palestina, mas os temas que estão sempre presentes e não perdem sua polemicidade são: religião, política e preconceito.

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Em mais de 100 anos de história pessoas famosas compartilharam suas ideias no Speakers’ Corner, dentre eles: Karl Marx, William Morris, Vladimir Lenin, George Orwell, Marcus Garvey e Lord Soper. O direito de se expressar é livre, mas até um certo ponto, não vale xingar a rainha. Existe um código de conduta que deve ser respeitado como por exemplo, não usar linguagem ofensiva, oportunidades iguais e respeito as leis.

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O interessante é pensar que na era onde a internet ocupa a maior parte do nosso dia, pessoas ainda optem pelo debate cara a cara para se expressar. Apesar de ter muitos “loucos” no Speakers Corner, esperamos que essa forma de debate nunca acabe, que ideias sejam discutidas e cidadãos não sejam alienados.

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